CONTEXTO E JUSTIFICATIVA
Análise de Risco Ecológico da Bacia do Rio Paraguai” http://www.wwf.org.br/?30522/Descaso-com-nascentes-e-rios-ameaa-o-Pantanal
O WWF juntamente com a The Nature Conservancy, O Centro de Pesquisas do Pantanal, o CNPQ,
o HSBC e a Caterpillar publicaram o estudo: “Análise de Risco Ecológico da
Bacia do Rio Paraguai” em fevereiro de 2012[1].
O estudo identificou áreas de risco ecológico da bacia com a participação de
especialistas locais, mapeando-se no total, três classes de risco: alto, médio
e baixo. O mapa de risco consolidado aponta que 14% da bacia classificam-se
como alto risco, principalmente na região do planalto onde estão as cabeceiras
dos rios que alimentam a planície do Pantanal (Figura 1):
Figura 1 –Mapa final do índice de risco ecológico composto na Bacia
Hidrográfica do Paraguai.
O estudo também identificou as áreas de maior
contribuição hídrica ao Pantanal, as chamadas “watertowers” ou “caixas d’água” que abastecem o Pantanal foram
identificadas e mapeadas. As zonas onde ocorrem maiores níveis de precipitação
e escoamento superficial (Figura 2).
Figura 2– Mapa de áreas com maior contribuição hídrica ao Pantanal.
No estudo, concluiu-se que as porções altas dos rios
Paraguai, Sepotuba, Jauru e Cabaçal fornecem quase 30% das águas que mantém o
pulso de inundação da planície pantaneira, no estado do Mato Grosso.
Ao cruzarmos o mapa de risco ecológico com de “watertowers”, nota-se que há
importantes zonas de contribuição hídricas sob alto risco, requerendo ações de
preservação e recuperação urgentes (Figura 3).
Figura 3 – Mapa de áreas de risco e contribuição hídrica ao Pantanal.
O arco das cabeceiras do Pantanal é, portanto, uma
área crítica de preservação por causa do nível de degradação dos solos e a sua
importância hidrológica.
Entendemos que as intervenções devem ser em grande
escala para que realmente possa ter algum efeito positivo no Pantanal.
O objetivo deste estudo foi identificar a situação
dos componentes ecológicos que garantem a integridade dos sistemas aquáticos na
bacia. Esta análise poderá subsidiar os governos dos quatro países que a
compartilham, assim como a os governos regionais, locais, a sociedade civil
organizada e o setor privado, para que desenvolvam uma agenda positiva de
adaptação do Pantanal às alterações do clima e busquem a sua implantação, para
aumentar a resiliência e diminuir a vulnerabilidade da bacia.
Conhecendo as ameaças, isoladas ou em conjunto, que
afetam a integridade ecológica do Pantanal, é urgente estabelecermos políticas
públicas positivas, integradoras e articuladores com diversos setores para
garantir a harmonia social, econômica e ambiental na região.
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